Crianças plantando mudas, árvores crescendo, peixes no lugar do lixo. Engajamento. Esse foi o tom do segundo dia do Jogando Limpo com o Mangue, promovido pelo RioMar Recife, na área externa do empreendimento. As ações celebram o Dia do Mangue, comemorado nesta quinta-feira (26).
O gerente de desenvolvimento socioambiental do Grupo JCPM, Sergio Maffioletti, deu início às atividades, agradecendo o apoio das instituições parceiras e enaltecendo a iniciativa. “Hoje a gente concretiza um trabalho diário, feito em parceria com as instituições, e que fortalece a proposta de sustentabilidade do RioMar. As pessoas são peças-chave para a transformação do entorno. Elas são os agentes modificadores”, destacou Sérgio.
Foi a vez das crianças, do projeto Mães Criativas, mostrarem na prática o que o gestor havia falado. Por meio de uma oficina dada pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Recife, os pequenos aprenderam a reutilizar o lixo jogado inadequadamente no mangue e fizeram caqueiras de garrafas plásticas.
Silas Nascimento, de 12 anos, contou empolgado como foi a experiência. “Eu não sabia que o lixo podia ter valor. Fiquei feliz em descobrir. Agora, também vou fazer esse trabalho em casa”, afirmou.
Em seguida, a criançada do Centro Escola Mangue encantou o público com um verdadeiro show de sincronia e ritmo ao tocar maracatu. Ao som dos batuques, todos os presentes viram nascer um mini bosque de Pau-Brasil. Meninos e meninas, junto com os profissionais da ASA, plantaram nove árvores no local.
A coordenadora de responsabilidade socioambiental da empresa, Érica Medeiros, ressaltou a importância do ato. “Esta é uma forma de compensação ambiental que fazemos, já que, em parceria com o RioMar, coletamos e transportamos o óleo usado nos estabelecimentos. A partir de hoje, haverá ainda mais sombra e ar puro no entorno do mall”, explicou Érica.
Ali pertinho, uma ação de grafite. O artista visual Shell Osmo tinha a missão de deixar os barcos dos pescadores mais bonitos e estilosos. “Me sinto honrado em poder contribuir com a minha inspiração para trabalhadores que vivem do rio. Eu, inclusive, utilizo esse meio para me locomover. Devemos muito ao mangue e essa foi uma grata oportunidade de retribuir”, contou o artista.
A secretária-executiva de Juventude do Recife, Camila Barros, que atuou como elo entre o RioMar e os artistas visuais, comentou a importância da iniciativa. “Eles são da comunidade do Bode e a atuação deles no próprio território fortalece o desenvolvimento local. Esse tipo de atitude contribui para uma sociedade mais justa e capacita os jovens como fontes propagadores de conhecimento”, afirma Camila.
Já nas margens das águas, o jovem Willy Carlos, de 13 anos, somava esforço à tarefa de retirar o lixo do manguezal. “A natureza é muito bonita e não merece ser contaminada. Quero que os peixes possam sempre viver aqui”, destacou o garoto.
Todo o material retirado de lá foi levado ao lixômetro, disponibilizado em uma parceria com a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), e com capacidade para três mil litros.
Na ponta do processo, o pescador Augusto Lima, de 70 anos, desde os 11 que vive da pesca, comentou sobre as atividades. “O meio ambiente sente os impactos da ação humana. Por isso é tão importante sensibilizar as pessoas, como o RioMar está fazendo, já que ninguém nasce sábio. A mudança que o mundo precisa só é possível através da educação e do engajamento”, concluiu o pescador.
Ainda participaram da ação, a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Recife, Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) e a empresa ASA. Crianças e jovens do Centro Escola Mangue, do Projeto Mães Criativas, de Brasília Teimosa, e do Instituto JCPM. Além deles, a Fundação Mamíferos Aquáticos e o Instituto BiomaBrasil.
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