Outubro Rosa: identificar é prevenir
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Outubro Rosa: identificar é prevenir

O câncer de mama, causado pela multiplicação desordenada das células mamárias, é o câncer mais comum entre as mulheres de todo o mundo, incluindo o Brasil. De acordo com o INCA, Instituto Nacional do Câncer, cerca de 29% das brasileiras possuem a doença. Por isso o movimento mundial Outubro Rosa é tão importante, já que durante o período são feitas diversas campanhas onde são compartilhadas informações e dados para que mais mulheres entendam a importância do acompanhamento médico durante o tratamento do câncer.

O diagnóstico precoce é um grande passo para reverter o quadro, e os exames periódicos são o caminho para um melhor tratamento do câncer de mama. Para nos ajudar a entender mais sobre o assunto, o Viva RioMar conversou com a mastologista Dra. Marina Ávila, que tirou algumas dúvidas e reforçou a importância do auto-exame, da mamografia e do diagnóstico precoce.

1. A partir de quantos anos as mulheres devem ficar atentas para o auto-exame?

Não existe uma idade definida claramente, já que não há contra-indicação em conhecer o próprio corpo. Mas costumo orientar a se auto-examinar, e estar mais atenta, a partir dos 18 anos. No entanto, nessa idade, o câncer é muito raro. O que normalmente se encontram são nódulos benignos.

2. Como identificar pelo exame do toque? Existe alguma diferença quando o nódulo tem dor ou não?

Não saber se vai reconhecer um nódulo suspeito é uma grande angústia das pacientes. Mas se você conhece sua mama, como qualquer outra parte do seu corpo, vai perceber que algo “diferente” apareceu. Para a paciente, é impossível saber se é algo maligno ou benigno pelo toque. Isso deve ser esclarecido pelo médico. A dor também não é um sintoma que diferencie entre ser câncer ou não. A maior parte das mulheres sente dores nas mamas sem nenhuma anormalidade.

3. Quais os exames que o médico deve indicar para identificar o câncer de mama?

Quando existe algo alterado no toque, ou no exame clínico feito pelo médico, podemos indicar três exames distintos: a mamografia, o ultrassom, e menos frequentemente a ressonância das mamas. Eles são indicados a partir de cada caso específico quando há uma alteração.

4. Qual a diferença entre mamografia e ultrassonografia mamária?

Estes são os dois principais exames, indicados para o rastreamento do câncer (ou seja, mesmo quando não há nenhum sintoma, de forma anual). A mamografia é o principal deles, ela utiliza doses baixíssimas de raio-x e hoje é indicada anualmente a partir dos 40 anos. O ultrassom é um exame complementar à mamografia, quase sempre realizado em conjunto. Não há radiação, apenas ondas sonoras. Ele esclarece dúvidas da mamografia, em especial em pacientes jovens.

5. A linhagem genética pode indicar uma predisposição a ter o câncer de mama? 

Em apenas 5 a 10 % dos casos são diagnosticadas mutações genéticas nas pacientes com câncer de mama. Normalmente são famílias com vários casos de câncer, nem sempre apenas mama. A história positiva em um parente de primeiro grau chama atenção, mas existem outras formas de suspeitar de algo genético, a partir de algumas perguntas na consulta médica, mesmo quando há um parentesco mais distante (como tias e primas). É válido também saber que o lado paterno é tão importante quanto o materno.

6. Existe chances de reverter o quadro?

Sim, claro! Se diagnosticado em estágio inicial, a paciente tem chances de cura em torno de 95%!

7. Qual a importância das mulheres atentarem para a realização da mamografia?

A mamografia, até hoje, é o único exame capaz de reduzir a mortalidade do câncer de mama. Isso se conhece comparando uma população de mulheres que realiza o exame antes de surgirem sintomas com as que apenas realizam quando existe uma alteração. As que fazem a mamografia têm maiores chances de cura por encontrar a doença em estágios mais iniciais.

Você sabia?

De acordo com o INCA, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados pela adoção de hábitos saudáveis, como: praticar atividade física, ter uma alimentação saudável, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e tabaco, amamentar, e procurar manter o peso ideal para o seu corpo.

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