Os inimigos da harmonização
Foto: DIvulgação.

Os inimigos da harmonização

Durante a 3ª edição do Aromas e Vinhos, projeto autoral do RioMar Recife. Mas sabemos que no mundo da enogastronomia, nem todo casamento é perfeito. Existem ingredientes que, misturados com a bebida, não trazem uma boa sensação ao paladar. Porém, nem tudo está tudo perdido. Para alguns ingredientes, é sempre possível dar um jeitinho. Você sabe que alimentos são esses? A sommelier Amanda Loyo fala sobre eles e quais artifícios podemos usar para alcançar uma boa combinação. Confira:

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» Alcachofra

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A alcachofra possui componentes químicos que fazem o vinho parecer doce, dificultando a degustação. A solução pode ser harmonizar com brancos leves e secos, adicionar um pouco de limão, manteigas ou molhos que amenizem a sensação de doçura da alcachofra.

» Aspargos

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O problema com o vegetal é que ele também faz o vinho parecer doce. Uma solução? Grelhe ou asse os aspargos para diminuir o efeito, combine com as notas herbáceas e vegetais de um bom Sauvignon Blanc ou Grüner Veltiliner (uva austríaca, par quase perfeito para os aspargos).

» Vinagretes (ou molho de saladas)

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Com eles, o vinho pode parecer chato, sem acidez ou vivacidade. Para amenizar esse efeito, use menos vinagre, ou substitua por limão, que tem uma acidez menos agressiva. Harmonize com vinhos com alta acidez, como espumantes ou brancos refrescantes, como Vinho Verde, Albariños, Sauvignon Blanc, Riesling, etc.

» Ovos

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O ovo pode fazer o vinho parecer metálico ou sulfuroso. Por isso, adicione ingredientes que são amigos do vinho, como cogumelos, queijos, bacon. Limpe o paladar com um vinho branco com boa acidez e procure ficar longe dos tintos.

Outros ingredientes

Amanda ainda alerta sobre o uso de ingredientes como alho e gengibre, uma vez que eles possuem gostos marcantes que tendem a dominar o prato. No caso do gengibre e comidas muito condimentadas, o prato pode pedir um vinho mais aromático, como um Gewürztraminer, por exemplo. Além de tudo, se manter atento para a pimenta. Ela não chega a ser uma inimiga, mas pede cautela na graduação alcoólica do vinho. Nesses momentos, o aconselhável é evitar vinhos muito potentes e com o álcool muito elevado.

Roteiro de sabores da 3ª edição do Aromas e Vinhos

 

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