Inclusão social e alegria contagiam a Sessão Azul no Cinemark
Foto: Paloma Amorim/Especial para o RioMar

Inclusão social e alegria contagiam a Sessão Azul no Cinemark

197 lugares disponíveis e todos ocupados. O sucesso de público para assistir a “Toy Story 4” se deve à Sessão Azul. O evento voltado para o público infanto-juvenil com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) aconteceu neste sábado (29), no Cinemark, com o apoio do RioMar Recife.

Na plateia, famílias, pais e mães em companhia dos filhos, e o sentimento de pertencimento. A inclusão social para os autistas é fundamental. “A gente ama cinema e é bem complicado ir a sessões tidas como ‘normais’. As pessoas não entendem, reprimem e acabam inibindo a nossa vontade de estar lá. E é por isso que a Sessão Azul é tão importante porque permite que a gente se sinta à vontade com nossos filhos”, explica Maíra Carla, mãe do pequeno Heitor Lucca, de apenas quatro anos.

Ela se refere à estrutura montada no cinema. As luzes permanecem acesas, o som fica no volume um pouco mais baixo e adequado e as crianças podem se movimentar pela sala como quiser.

Pela inclusão social. O lema dá liga entre todos que estavam ali. Foi assim com Maíra e o filho Heitor, e do mesmo jeito pensa Marcelo Gomes Filho. “Cinema é isso. É estar em contato com outras pessoas diferentes em uma programação comum que a sociedade participa. É uma forma de Daniel (seu filho) começar a participar das programações sociais desde cedo”, afirma Marcelo.

Além disso, na organização do evento, profissionais especializados para lidar com um público tão especial. “Somos voluntários e todos trabalhamos na área. Nossa equipe é toda formada por psicólogos e pedagogos terapêuticos. Para nós é uma emoção muito grande ver o cinema lotado e poder trabalhar por eles, para que todos se sintam bem”, destaca uma das voluntárias do projeto, Juliana Maciel.

Não é só a sala lotada que evidencia o sucesso da Sessão Azul. “Viemos do Janga, do outro lado da cidade, e já pela manhã Davi, meu filho, perguntava sobre a ida ao cinema. Hoje percebi uma evolução nele. É que da primeira vez ele só assistiu dez minutos de filme e agora passou mais de meia hora concentrado na história”, detalhou o professor Fernando Falcão, acompanhado da esposa Joyce da Silva, da sogra Maria do Socorro e da filhinha Helena Trindade, de apenas sete meses, mostrando a importância da regularidade do projeto.

Já com os créditos finais passando na tela, os pais Ana Lúcia Luna e Zeile Luna permaneciam sentados com o filho Bark Luna, de 11 anos. “Estamos tão felizes por hoje e sentindo uma energia tão gostosa que queremos curtir cada segundo. Agora é esperar pelo próximo filme”, disse Ana Lúcia.

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