Por Júlio Rebelo
Do RioMar Recife
Por entre as matas e rios, índios corriam apressados de uma aldeia à outra. O clima de espanto logo se espalhou entre as tribos. Mulheres, crianças e jovens guerreiros não falavam de outra coisa. O assombro era geral. E assim, depois dos primeiros impactos daquela visão deslumbrante, os indígenas cederam lugar à curiosidade. O que seriam aqueles enormes objetos que flutuavam no mar? Com o desembarque dos portugueses em terras brasileiras, nascia uma nova sociedade, agora, formada pela mistura dos povos e, claro, de suas culturas, dando origem à história do Brasil.
Não demorou muito para Pernambuco se destacar. Capitania hereditária rica e soberana, viu seu solo massapê prosperar com a cana de açúcar. Os engenhos rapidamente fizeram parte da paisagem, permanecendo por aqui até os dias de hoje. E foi justamente nesse cenário permeado de estórias e prosperidade que a família Carneiro Leão cravou seu nome na cultura pernambucana. De geração em geração, a semente plantada por Braz Carneiro Leão, mais conhecido como Barão de São Braz, germinou e floresceu em diversas ramificações, ligadas pelo amor em comum aos engenhos de cana.
E é num desses galhos genealógicos que chegamos em dona Riselda Carneiro Leão e seu Paulo Carneiro Leão. É que há quarenta anos, os dois comandam o Engenho Cachoeira, no município de Ribeirão, Zona da Mata Sul de Pernambuco.
Por lá, o turismo rural deixa seus visitantes boquiabertos diante das cachoeiras, do banho de bica e da casa de farinha. Mas, na verdade, é um animal em particular que realmente dá o brilho do lugar: o búfalo.
Totalmente adaptados às chuvas intensas que caem por lá, os animais logo se mostraram uma fonte de renda valiosa para dona Riselda e seu Paulo. Foi ela quem primeiro se atinou para o leite de búfala. Estudou e fez curso até com italianos para finalmente chegar aos queijos e outros derivados, como o doce de leite, por exemplo.
O que antes era puramente uma atividade artesanal, voltada só para amigos e familiares, acabou virando uma fábrica, construída do zero pelos dois. Daí, então, o casal viu a produção expandir. Petrolina, Gravatá e Caruaru. O negócio tomou prumo, saindo do interior para o Recife e foi bater até no RioMar.
Agora, a Mais Búfala, nome da marca criada pelos dois, ocupa um lugarzinho dentro do Espaço Mix, uma área de 400m2 no Piso L2 do mall, no mesmo corredor da Tok&Stok.
Dizem que dá até para sentir o cheirinho de mato. Tudo feito com amor. ❤ Vale a pena a visita!
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