*Atualizada em 13 de julho de 2023.
Por Júlio Rebelo
Do RioMar Recife
Riffs de guitarra com giros de bateria e vocais furiosos. O ritmo imponente celebra nesta quinta-feira (13) sua data especial: o Dia Mundial do Rock. Curiosamente, o dia nasceu de um ato a favor da humanidade, quando em 13 de julho de 1985 o festival Live Aid reuniu nomes famosos e que viraram lendas do rock, como The Queen, The Who e U2, por exemplo, para arrecadar fundos contra a fome no continente africano. Abaixo, confira outras curiosidades que marcam o rock’n’roll mundial.
Origem
Sister Rosetta Tharpe, uma mulher negra inventou o rock. Ainda nas décadas de 1930 e 1940, a cantora gospel comandava um programa de rádio em que misturava o blues/jazz com seu extraordinário talento com a guitarra. Reza a lenda que o jovem Elvis Presley na época saía correndo da escola para ir escutar Tharpe tocar.
Seja como for, a música original da artista foi a inspiração para outros cantores de renome, como B.B King e Bob Dylan.
Elvis não morreu
Para falar do rock é inevitável mencionar Elvis Presley. Afinal, o cantor é considerado o “Rei do Rock”, e conseguiu pela sua voz e movimento dançante dos seus quadris levar a força da música negra para os lares das famílias brancas, e assim tornar o ritmo verdadeiramente popular. O legado de Elvis permanece vivo nos dias atuais, quando ao longo dos 24 anos de carreira, o rockeiro gravou cerca de 700 músicas e estima-se que ele tenha vendido até agora pelo menos 1,5 bilhão de discos.
The Beatles – Uma “febre” musical
A partir de Liverpool, cidade do noroeste da Inglaterra, uma banda entrava para sempre na história da música mundial. Era The Beatles, lendário grupo de rock formado por John Lennon, Ringo Starr, Paul McCartney e George Harrison. Criada em 1957, a banda fez tanto sucesso que é impossível eleger uma música que represente o quarteto inglês.
São vários hits de sucesso estrondoso: “Hey Jude”, “Yesterday”, “Here Comes The Sun” e “Yellow Submarine” apenas para citar algumas das canções mais famosas. Apesar de virar uma febre musical em todo o mundo – recebendo até a maior honraria dada pela rainha Elizabeth II, a Ordem do Império Britânico – os Beatles anunciaram seu fim em 1970.
Os clássicos
Assim como Elvis e The Beatles, outros nomes também deixaram seu legado entre as estrelas do rock. E dois deles merecem uma menção especial: Bob Dylan e David Bowie. O primeiro, aos 83 anos recentemente lançou o 39º disco da carreira, em mais de meio século dedicado à música. Dylan é um monstro dentro do ritmo, e já recebeu, inclusive, o Prêmio Nobel de Literatura, que o reconheceu como “provavelmente o maior poeta vivo”.
Já David Bowie, conhecido como o “Camaleão do Rock”, ainda tem sua voz ecoando em tudo quanto é rádio e programas dedicados à música, mesmo após seis anos da sua morte. Não é para menos, foram 54 anos de carreira que renderam 25 discos solo e outros tantos projetos diferentes, como o filme “Labyrinth”, por exemplo, estrelado por Bowie e Jennifer Connelly. Na música, o legado é épico, com canções lendárias como The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars (1972), Aladdin Sane (1973), Young Americans (1975), “Heroes” (1977), Let’s Dance (1983) e Hours (1999), apenas para citar algumas.
Os “dinossauros” do rock
Dentro do ritmo, há nomes e bandas que permanecem até hoje tocando muito rock and roll por onde passam. E, claro, por sua energia e dedicação merecem ser mencionados. Black Sabbath, por exemplo, está na estrada desde 1968, com o excêntrico Ozzy Osbourne à frente. O grupo teve influência decisiva para o heavy metal que seria desenvolvido nos anos seguintes.
Outra “rapaziada” de respeito é a turma do The Rolling Stones. Clássico do rock, o grupo que surgiu no ano de 1962 é considerado um dos maiores, mais antigos e mais bem sucedidos grupos musicais de todos os tempos. Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ron Wood são donos de uma rica história em prol do rock e já conseguiram até entrar para o Livro dos Recordes, durante a turnê “A Bigger Bang Tour”. É que na ocasião os músicos realizaram um concerto gratuito nas areias da praia de Copacabana, em 2006, na cidade do Rio de Janeiro, e atraíram mais de 2 milhões de pessoas. Desde então, o evento é considerado como o concerto gratuito com maior público realizado por uma única banda.
Woodstock
Mesmo não sendo fã de rock, você provavelmente já ouviu falar no festival Woodstock. Ocorrido em 1969 nos Estados Unidos, o evento reuniu uma multidão de fãs sob o lema de paz e da música, e se consagrou como um marco da história da contracultura. Por lá estiveram lendas do rock, como Jimi Hendrix e Janis Joplin. Esta última, que teve apenas três anos de carreira, ganhou a fama de “rainha do rock”, e é sempre lembrada por sua performance em Woodstock.
Rock in Rio
No Brasil, o ritmo se difundiu timidamente. Nomes como Roberto Carlos e Erasmo Carlos, embalados pela magia de Elvis e pelo poder musical dos Beatles, ajudaram a “nacionalizar” o rock and roll. No entanto, foi somente nos anos de 1980 que o País viu efervescer os acordes vibrantes de guitarra misturados com letras de indignação social na voz de bandas como Paralamas do Sucesso, Kid Abelha & os Abóboras Selvagens, Rádio Taxi e Barão Vermelho, por exemplo. E nesse contexto, nascia o épico festival Rock in Rio, em 1985.
Com nomes como Cazuza dando um show no palco, o evento ultrapassou as fronteiras da música e impulsionou as bandas de rock nacionais. Em seguida, o espaço estava aberto para grupos como Legião Urbana, Biquini Cavadão, Plebe Rude, Titãs e Ira!.
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