Neste 2 de abril é celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, ou simplesmente Dia Mundial do Autismo, período em que marca a superação e o amor incondicional. Uma síndrome pouco debatida e que atinge mais de 2 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com a Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec). E para trazer algumas reflexões sobre o tema, a equipe do Viva RioMar Recife conversou com a professora e presidente da Associação Mães e Anjos Azuis, Andreza de Castro.

Mãe dos pequenos Davi Lourenço, de 10 anos, e Ana Clara, de 11, ambos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Andreza lembra que o 2 de abril acontece o ano inteiro. “O dia a dia das pessoas com autismo e suas famílias é muito puxado. Nós lidamos com crises sensoriais e rejeição, por exemplo. Então ter um dia que, na verdade, acaba sendo um mês inteiro de campanhas, é fundamental para que se divulgue a realidade e, assim, a sociedade se sensibilize com mais empatia e menos julgamento”, reforça Andreza.

A ONU, através da Organização Mundial da Saúde (OMS), considera a estimativa de que aproximadamente 1% da população mundial esteja dentro do espectro do autismo, a maioria ainda sem diagnóstico. Por isso, de acordo com a professora, o acesso à informação é vital para melhorar a qualidade de vida da família. “O conhecimento é libertador, nos faz sair da inércia e do medo. Traz empoderamento aos pais”, afirma Andreza.

Sobre que orientações ela poderia indicar aos pais a professora aconselha a encontrar grupos, seja em ambientes de terapia ou pelos grupos de WhatsApp, como uma ótima opção para conhecer outras histórias, outras famílias e saber que não está só. “O amor incondicional pelos nossos filhos nos conduz nesse processo e eles, nossos filhos, nos ensinam a cada dia a sermos pessoas melhores”, conclui.