Por Thays Martins
Do RioMar Recife
Na sexta-feira, 1º de março, o RioMar Recife promoveu o show gratuito da bateria feminina Sambadeiras, no Piso L3, em uma noite que foi tomada por todo brilhantismo e personalidade das mulheres em um mês que é marcado por ser um momento de reflexão e luta pelo empoderamentos e reivindicação por mais espaços de destaque das mulheres dentro da sociedade.
Com isso, a apresentação marcou a abertura da 6ª edição do RioMar Entre Elas e trouxe toda energia e alegria do samba que percorre as ladeiras de Olinda para o RioMar Recife.
Repletas de muito brilho e ritmo, a primeira e maior Bateria Feminina de Samba de Olinda surgiu em 2008 sobre a premissa de lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive no samba. A presidente e fundadora do grupo Sambadeiras, Julieta Mergulhão, revelou estar muito feliz em participar da 6ª edição do RioMar Entre Elas. “Estamos na estrada há mais de 16 anos lutando e tentando abrir espaço, não só para nós, mas também para outras mulheres e esse reconhecimento só mostra que estamos no caminho certo.”
Ela explicou ainda que mais de 200 mulheres se apresentaram nas ladeiras de Olinda, durante o Carnaval, mas que os ensaios começam em agosto e vão até fevereiro, em um processo que prevalece a união feminina para colocar o bloco na rua.
Assim, na apresentação ocorrida no RioMar, as Sambadeiras tocaram em seu repertório músicas que referenciam a força e garra da mulher, como “Maria, Maria” de Milton Nascimento e “Mama África” de Chico César. Mas o show contou também com músicas emblemáticas de Pernambuco e do seu Carnaval multicultural, como é o caso das canções “Leão do Norte”, “A Praieira” e o “Hino do Elefante de Olinda”. Tudo isso envolvido no ritmo do samba tocado 100% por mulheres.
Por falar em samba, a carioca Jaqueline Brandão, de 53 anos, mora há mais de 20 em Pernambuco, acompanha as Sambadeiras pelas redes sociais mas nunca teve a oportunidade de acompanhar o grupo feminino de samba pelas ladeiras no período carnavalesco e viu no evento do RioMar Entre Elas de curtir a apresentação do grupo ao vivo.
Além de Jaqueline, centenas de pessoas puderam curtir, sambar, festejar e presenciar a força da resiliência feminina através da cultura popular e do entretenimento.
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