No Dia Internacional da Felicidade, comemorado neste dia 20, cabe a pergunta: O que é preciso para ser feliz? A resposta não é direta, como receita de bolo, mas fomos atrás de algumas direções a partir da palestra ministrada pelo historiador pop Leandro Karnal, que esteve no Teatro RioMar, recentemente. O tema do encontro no Recife foi exatamente “Felicidade e liberdade: a busca por um mundo de significados reais”.
Para uma plateia lotada em busca da resposta para a felicidade, Karnal foi taxativo: “Não existe felicidade sempre. O que existe é serenidade”. Nada palpável ou aparente. As dificuldades são sempre bem-vindas. As dores nos fortalecem e nos fazem valorizar o que realmente importa. “Como iremos valorizar ou saber o que é felicidade se desconhecemos a infelicidade?”, questionou Karnal. “A dor é uma grande professora. Ensina muita coisa. É um exercício à felicidade.”
A ideia de Karnal é baseada na Carta à Felicidade, do filósofo grego Epicuro: “Saber avaliar a dor e o prazer é o grande critério para atingir a felicidade.”
A felicidade (ou infelicidade) não é um acidente, insistiu Karnal. “A felicidade é uma escolha. O que eu realmente quero, quem eu quero ter ao meu lado. É relativamente simples, mas cumprir isso leva, muitas vezes, a vida toda”, afirmou. O que Karnal quis dizer é que a felicidade nunca deve depender do outro ou de situações. Ela sempre depende de nós mesmos, das nossas escolhas. Por isso, é tão importante não agir por impulso. “Faça escolhas conscientes. Não aja por instinto. Pense: ‘para ser feliz e livre preciso fazer tudo o que esperam de mim?’.”, questionou.
Karnal também falou dos pilares para uma vida feliz, baseados em amor, saúde, dinheiro e reconhecimento social. Quando os quatro estão equilibrados, tudo parece bem. No entanto, colocar a felicidade nesses pilares pode ser um perigo. “Não são certezas absolutas. Ter dinheiro faz bem, mas até um valor necessário para viver; o excesso é inútil na busca por ela.”
A felicidade é libertadora, mas precisamos ter cuidado para não estarmos presos em nossa própria prisão, naquela que nós mesmos construímos. “Nós estamos condenados à liberdade. A mente constitui a nossa própria prisão, mas também pode ser libertadora. Temos que ter consciência da nossa responsabilidade e tomar as rédeas do nosso próprio destino.”
Ao final do evento, garantiu: “O amor é a grande dimensão da felicidade. Ser feliz é amar. Felicidade é como oxigênio. Quanto mais me dou, mais tenho. A vaidade é uma grande armadilha. Não olhe o outro. Supere a inveja e as dores da existência.”
Neste dia dedicado a um estado tão importante para a alma, é importante afirmar: Felicidade é a melhor escolha. E ela só depende de uma pessoa: você.
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