Ele nasceu Everson de Brito Silva, em Fortaleza, no Ceará. Foi no seu estado que surgiram grandes nomes do humor nacional: Chico Anysio, Tom Cavalcante, Renato Aragão, Tiririca. Esse último foi sua grande inspiração. Estamos falando de Tirullipa, que “deixou” de ser Everson há 20 anos, quando assumiu de vez o que o destino já tinha reservado para ele há muito tempo, quando viu seu pai , Tiririca, atuando pela primeira vez como palhaço de circo.
“Meu pai era palhaço de circo. Eu tinha três anos quando ele se separou da minha mãe e eu sempre esperava ver meu pai no circo, mas ele vivia viajando o Brasil afora. Quando tinha sete anos, fui, finalmente, ver meu pai. Me apaixonei pelo circo, pela figura do palhaço”, revelou Tirullipa em entrevista ao Viva RioMar.
Quando Tirullipa tinha 10 anos, seu pai ultrapassou os limites do Ceará, ficando conhecido em todo o Brasil com a música Florentina de Jesus. Foi quando Tirullipa, ainda Everson, começou a imitar seu pai. Em 1997, o menino participou junto com Tiririca do Programa do Gugu, na televisão. “Passou a pintar proposta. As pessoas gostavam da minha imitação”, lembra.
Foi quando aconteceu com Tirullipa o que normalmente acontece com filhos de famosos. Ele queria ter sua própria identidade. “Aos 15 anos, parei de imitá-lo. Quis sair da cola do meu pai, caminhar com minhas próprias pernas. Foi quando consegui ter meu próprio público”, comemora. O humorista Everson deixou, enfim, de ser Tiririquinha, como era chamado, e se transformou em Tirullipa.
O personagem que ficou mais conhecido nesta nova fase da carreira do comediante foi a Mulher Rapadura. “Na época, as mulheres fruta estavam fazendo sucesso. Brinquei com a rapadura porque é comida de cearense. Fiquei apresentando o personagem três anos num programa de TV local. Fez muito sucesso”, recorda.
Tirullipa traz o show “20 anos de risadas” para o Teatro RioMar, no próximo dia 27, abrindo o projeto RioMar de Humor 2018. Sucesso de público – em apenas uma semana, ingressos para as duas sessões esgotaram – o humorista tem um carinho especial pelo público recifense. “O público daqui é inexplicável. Recife sempre me abraçou. É minha segunda casa.”
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