Em um cenário de isolamento, que já é realidade desde a terceira semana de março, muitas pessoas já esgotaram as atividades possíveis para se manterem ocupadas. O tédio começa a tomar conta. Para quem tem criança em casa, o cenário se intensifica ainda mais: os pequenos precisam liberar energia e não estão nas escolas.
A chave do sucesso e ao mesmo tempo maior desafio nessa missão é manter a rotina, explica a educadora física Roberta Ferreira, Gestora do Programa Infantil da Cia Athletica Anália Franco.
“As rotinas independem do local onde esteja sendo praticado. Antes de qualquer prática, é importante afastar os móveis ou objetos que possam apresentar riscos de acidentes. Sempre recomendamos que a roupa deve ser a mais confortável possível para dar liberdade aos movimentos, manter uma garrafinha de água para se hidratar durante a prática e escolher o horário que não atrapalhe as refeições e jamais treinar em jejum”, conta a profissional.
Além de buscar formas interativas de fazer exercícios, a família pode estimular brincadeiras que já fazem parte do universo infantil.
“Nós já temos atividades globais incríveis e que funcionam para o desenvolvimento da criança. Para improvisar, pode usar circuitos motores utilizando garrafas pet, sofá, colchão, brinquedos da própria criança, túnel feito de lençóis, brincadeiras de roda cantada, caça ao tesouro, pular corda, amarelinha, voleibol com bexiga, futebol de bola de meia e por aí vai”, explica a educadora física.
Família ativa, criança ativa
Além de exercícios físicos, há outras atividades que são fundamentais para o desenvolvimento infantil, que não pode ser interrompido neste momento de confinamento. Incentivar o jogos de tabuleiro, quebra-cabeças, leituras de histórias, palavras cruzadas e brincadeiras livres podem ser boas opções.
“A criança precisa também exercitar o cérebro. Fantasiar, imaginar novas possibilidades para aguçar a criatividade e desenvolver o sistema cognitivo”, explica.
Diante de um cenário atípico e em que todos estão em processo de adaptação, é importante observar o comportamento da criança e respeitar o tempo dela.
“Impor uma rotina de exercícios não será eficiente para estimular a prática, por isso é importante dar exemplo. Crianças ativas normalmente estão inseridas em famílias ativas”, e uma criança ativa que desenvolve hábitos saudáveis provavelmente irá se tornar um adulto ativo. “Independente do cenário que estamos vivendo, o estímulo não deve cessar”, conclui.
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