Musical celebra Clara Nunes no Teatro RioMar
Foto: Mariah Almeida

Musical celebra Clara Nunes no Teatro RioMar

Há quatro anos circulando pelo Brasil, “Deixa Clarear, Musical sobre Clara Nunes” finalmente faz sua estreia no Recife. O espetáculo, homenagem a uma das maiores cantoras do País, cumpre duas sessões no Teatro RioMar, dias 20 e 21 de outubro. Sem patrocínio, a montagem comemora o sucesso de sua trajetória devido exclusivamente ao público, que ultrapassa 200 mil pessoas. Os ingressos já estão à venda a partir de R$ 40 na bilheteria do teatro e pelo site.

Com texto de Marcia Zanelatto, direção de Isaac Bernat, protagonizado pela atriz Clara Santhana no papel de Clara Nunes e com direção musical de Alfredo Del-Penho, o espetáculo mistura música e poesia na construção de um olhar sobre Clara Nunes e sua carreira. “Nossa ideia é apresentar o legado da cantora para as novas gerações”, explica Clara Santhana, idealizadora do projeto e apaixonada pela obra da cantora mineira. Ela se apresenta acompanhada por um quarteto: João Paulo Bettencourt (violão), Gustavo Pereira (cavaco/percussão), Pedro Paes (clarinete/sax), Michel Nascimento (percussão).

No repertório, estão clássicos de grandes compositores imortalizados na voz de Clara Nunes, como “O Canto das Três Raças” (Paulo Cesar Pinheiro/Mauro Duarte), “Na Linha do Mar” (Paulinho da Viola), “Morena de Angola” (Chico Buarque), “Um Ser de Luz” (João Nogueira/Paulo Cesar Pinheiro e Mauro Duarte), “O Mar Serenou” (Candeia).

Sobre Clara Nunes

Nasceu no dia 12 de agosto de 1942, no interior de Minas Gerais. De origem humilde, nunca renegou suas raízes, tendo sido tecelã na adolescência. Desde criança tinha consciência sobre seu dom e sua vontade de cantar, por isso batalhou por sua carreira, construindo um reinado a partir de talento e perseverança. Chamada de Sabiá carinhosamente pelos fãs, dedicou a vida à música e conseguiu o posto de uma das maiores cantoras brasileiras. Quebrou tabus, bateu recorde de venda de discos numa época em que as mulheres não tinham expressividade em relação a número de LPs vendidos, gravou nossos maiores compositores e ficou eternamente consagrada. Por conta das complicações de uma cirurgia de varizes, Clara faleceu pouco antes de completar 40 anos, em 1983, deixando um enorme legado e uma legião de fãs.

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