Carlos Ferreirinha arrisca: “Em 2019, não tenha limites”
Fotos: Paloma Amorim/Especial para o RioMar

Carlos Ferreirinha arrisca: “Em 2019, não tenha limites”

Ele é um dos brasileiros que mais entende de mercado de luxo no País. Estamos falando de Carlos Ferreirinha, que desde 1987 atua em gerenciamento de operações, desenvolvimento de negócios, marketing e comunicação voltada para o tema. Sem dicas mágicas, mas com o repertório de quem foi presidente da Louis Vuitton no Brasil, que faz parte do maior conglomerado de luxo do mundo, ele participou, nessa terça-feira (7), do RioMar com o Mercado, no Teatro RioMar. Além de trazer alguns insights, Ferreirinha tocou em pontos importantes, que se encaixam em qualquer realidade de mercado. “Se o empresário de tijolo não atualizar seu diálogo empresarial e diversificar seu atendimento, o tijolo desaparece”. Simples assim.

Para ele, os principais movimentos da gestão do luxo em 2019 são inovação, resiliência, diálogo e padrão. “O cliente não enxerga mais a diferença entre digital e físico. Precisa-se disponibilizar canais para que ele decida como se comunicar, gerar conteúdo diferenciado, com convergência de canais e ver oportunidade em tudo”, ressaltou.

Em tempos de Instagram, a imagem aparece como protagonista (e não apenas na rede social!). Para ele, o mercado precisa reformular o olhar sobre as coisas, acreditando no conceito da instagramabilidade. “Atualmente, todo mundo está o tempo inteiro fotografando. Sobreviverá quem pensar em espaços para relacionamentos imagéticos.”

A diversidade não é mais uma opção, mas uma realidade dentro das empresas. “Temos que prestar atenção nos guetos; na subcultura.”

Ferreirinha começou, de cara, dizendo o que “todos já deveriam saber”. Ou seja, não é mais o olhar para o futuro, mas para o presente, o que já deveria estar sendo colocado em prática:

» O cliente não enxerga mais a diferença entre o digital e o físico.
» Convergência de canais
» Imagens são protagonistas
» Diversidade mais forte que nunca
» Experiências + experiências = transformação
» A necessidade do propósito claro e preciso
» Liderança mais ágil (teste e erre, mas teste)
» Dados é o novo petróleo = cliente no centro da informação
» Entretenimento + prazer + gastronomia
» O poder do storytelling (a arte de contar histórias)
» Personalização e customização = relacionamento
» Liderança com convicção
» Era líquida (tudo muda muito rápido)
» Estar atento aos assuntos da comunidade: gentilezas urbanas

E o que o mercado de luxo pode ensinar a todos? “As marcas precisam ter pílulas de luxo, ou seja, investir cada vez mais no atendimento, no relacionamento com o cliente”.

O consultor finalizou trazendo reflexões. Segundo ele, é preciso:

» Enxergar pela criatividade e não apenas pelo tangível
» A visão do dono como inspiração (por que criou?)
» Empresas podem e devem interferir no hábito do consumo
» Energizar as empresas e marcas para estarem vibrantes
» Não correr o risco da “tia idosa querida”. Frase do presidente da Tiffany & Co: “As pessoas amam a Thifany, respeitam, mas não vão na loja. Todo mundo tem uma tia que ama, mas nunca lembra de visitar”
» O papel do diretor criativo: como estamos cuidando da nossa imagem?
» Ações genuínas de responsabilidade social
» Ser responsável pela educação da mão de obra
» Ter clientes atraídos pelo conteúdo

A reflexão mais importante do encontro? “Precisamos ser mais corajosos, atuais e contemporâneos. Além de fazer o bem. Em 2019, arrisque uma nova perspectiva. Sem limites, sem barreiras”, aconselhou.

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