Uma jornalista de 27 anos, um funcionário público de 35 e uma professora aposentada de 59. Com eles, o apreço pela liberdade e o amor próprio falam mais alto. “Existe muito um estigma nessa questão da solteirice porque fica parecendo que a pessoa está encalhada. E na verdade não é nada disso. A gente se ama muito e estar solteiro é bem mais uma escolha de ser feliz sozinho do que estar mal acompanhada”, destaca Malu Silveira, que é jornalista e escritora.
Para ela, nada paga o sentimento de independência. “Sou feliz sozinha. Decidi há muito tempo seguir por esse caminho e não ir pela imagem equivocada que a sociedade tem de que só há felicidade estando com alguém. Não. Eu gosto da minha solidão. Adoro ser independente. Sou maior de idade, e não ter que dar satisfação a ninguém é muito bom”, explica Malu, que adora viajar com as amigas e sair para barzinhos.
A solteirice fez tão bem que Malu até escreveu um livro – após o término de um relacionamento tóxico – e hoje recebe várias mensagens de gratidão dos seus leitores que encontraram nas palavras dela inspiração para serem felizes sozinhos. “Muita gente pensava que eu escrevia porque estava na fossa, e, na realidade, eu escrevo como forma de escape. Lido bem com minhas feridas escrevendo”, revela.
Assim como Malu, Rodolfo Godoy, funcionário público, e solteiro há um ano e oito meses, o desejo de liberdade foi o que o motivou a seguir assim. “Acredito que os relacionamentos deveriam preservar a liberdade individual. Como não consegui que fosse assim, optei por ficar sozinho”, conta Rodolfo.
Ele explica que apenas vive o momento e aproveita cada instante. “Eu não saio à procura de alguém, mas também não me vejo fechado às possibilidades. É que me viro muito bem sozinho, sempre fui um cara mais individual. Então do mesmo jeito que curto sair à noite com os amigos para beber, também adoro assistir a seriados sozinho, em casa, por exemplo”, disse Godoy.
Já para France Freitas, professora aposentada, ser solteiro é quase um estado de espírito. “Minha liberdade é fundamental! Adoro viajar e não dependo de outra pessoa pra nada nessa vida”. E afirma com a autoridade de quem já viveu um bocado. “É claro que namorei muito e quase casei. Mas não deu certo e aqui estou feliz da vida e de boa com o mundo”, conta France.
Com a chegada da aposentadoria, ela aproveita pra fazer o que gosta. “Levo uma vida com tranquilidade. Adoro comer, adoro ir a shoppings. Por lá resolvo muita coisa e em segurança. Ainda tem cinema, teatro, café. Hoje mesmo vou a um café encontrar amigos de 30 anos que fiz no trabalho. Nunca tive tendência à solidão, e não ia ser agora que passaria a me sentir sozinha. Eu simplesmente amo socializar”, ressalta France e finaliza: “Eu tenho a liberdade de decidir o que fazer da minha vida. E sendo assim, decido ser feliz com meus amigos e minha família.”
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