Por Jussara de Paula*
Do RioMar Recife

O efeito das mudanças climáticas representa uma ameaça para os biomas e consequentemente, para todas as espécies que neles habitam. Já estamos sentindo os resultados diretos e concretos de um problema global que reflete a interconexão de nossa sociedade. 

Para enfrentar adequadamente esta crise, devemos repensar e agir urgentemente em nossas escolhas e nos prepararmos para as consequências das mudanças que já estamos vivendo. É aí que a reciclagem pode entrar como um mecanismo para ajudar. Melhorar a gestão de resíduos contribui na redução dos impactos climáticos e, portanto, exige colaboração global, flexibilidade e coragem para adotar novas posturas. 

Existem muitos motivos pelos quais o processo de reciclagem é beneficente para o meio ambiente. Segundo o relatório norteamericano da Agência de Proteção Ambiental, o uso do plástico reciclado reduz o impacto ambiental da energia e das emissões em mais de 50%. Em relação aos demais recicláveis, como papel e alumínio, isso pode chegar até 75 ou 80%. 

A reciclagem também mantém os resíduos fora dos aterros, o que elimina a necessidade de serem incinerados, extinguindo a liberação de gases de efeito estufa. Além disso, produtos reciclados com base de aço e alumínio consomem, respectivamente, cerca de 95% e 75% menos energia se comparada a produção com a matéria-prima destes metais. 

Dessa forma, a reciclagem necessita ser considerada e acionada como um plano conectado e multifacetado para sociedades humanas sustentáveis. E para que esse processo contribua para a mitigação das mudanças climáticas, deve possuir uma abordagem integral, minimalista e com eficiência energética para a gestão de resíduos. 

Também cabe a responsabilidade individual e coletiva, separando e destinando corretamente os resíduos gerados para que, dessa forma, se possa conduzir a diminuição dos efeitos que hoje são sofridos na qualidade de vida atual e das próximas gerações. 

*Jussara de Paula é Coordenadora de Sustentabilidade do RioMar Recife