Depois de 35 anos dedicado à vida corporativa, o coach Salvio Fonseca chegou no topo da montanha. Porém, lá no alto, não conseguia admirar a bela paisagem. Estava realizado, mas infeliz. A experiência de Salvio é compartilhada com muitos brasileiros que chegam à aposentadoria. No evento RioMar de Bem com a Vida+60, realizado, nesta terça-feira (7), no Teatro do RioMar, o debate girou em torno desse momento, que chegará para todos. Também participaram a psicóloga Larissa Tufolo, a consultora voltada para a terceira idade Luciana Gherini e a médica geriatra Carla Núbia Nunes Borges.
A empresária Ana Helena, 61 anos, sempre trabalhou. Deseja parar para curtir mais os netos, mas ainda não sabe como. Por isso foi para o evento. “Penso em todos menos em mim”, desabafou. Ela já deu o primeiro passo. Passou quase 30 dias viajando com o marido, filhos, noras e netos.
A psicóloga Larissa Tufolo abordou, sobretudo, a expectativa de vida que cresce a cada dia. Hoje, o brasileiro vive, em média, 75 anos. “O lado mais positivo é ter sabedoria e experiência. Existem pessoas que negam o envelhecimento. Infelizmente é uma visão negativa de que as pessoas não podem ter qualidade de vida nesta fase”, explicou.
O maior problema são as crenças limitantes, aquelas que dizem que “somos velhos demais para viver uma experiência”. “Se criamos planos para o futuro, por que não podemos viver aquele momento de forma intensa?”, questionou a psicóloga. Larissa citou questões importantes que não podem ser esquecidas:
» Bem-estar psicológico
Objetivo de vida e capacidade de criar planos para o futuro
Resiliência
Otimismo
Estado de humor
Aquisição de conhecimento
Autoestima
» Bem-estar físico
Prevenção
Alimentação saudável
Sono reparador
Sexualidade
A aposentada Anilda Apolinário, de 61 anos, participa do projeto Bem Viver, do Instituto JCPM. Todos os dias faz atividade física. Ela anotava tudo que os especialistas diziam. Para ela, o mais importante foi perceber que é possível correr atrás do tempo perdido. “Teria feito muita coisa diferente, mas é como a médica falou, ainda tenho tempo de viver melhor”, disse.
O dentista aposentado Antônio Soares, 86, usa o método chamado Supera para praticar ginástica para o cérebro. Ele diz que é uma maneira eficiente de manter a atividade cerebral ativa. “Não me sinto velho. Não gosto deste termo. Estou aposentado, não trabalho mais, mas não significa que estou parado”, afirmou.
O evento terminou com um debate enriquecedor conduzido pela por Luciana Gherini, consultora voltada para a terceira idade. A médica geriatra Carla Núbia Nunes Borges também participou, falando sobre saúde preventiva.
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