Por Thays Martins
Do RioMar Recife
A exposição Van Gogh Live 8K vem fazendo sucesso entre o cenário cultural pernambucano. Com isso, diversos fãs das obras do artista holandês estão se deslocando até o RioMar Recife para conferir a maior exposição imersiva de Van Gogh no mundo. Entre o público fascinado pelas 250 obras expostas, encontramos com Mariana Clara de Brito, uma jovem museóloga com uma ligação afetiva direta com o artista.
Em um dia ameno e com a cidade do Recife fervendo no clima pré-carnaval, Mariana parecia não sentir essa nuance carnavalesca em meio a euforia que estava sentindo para conhecer a exposição Van Gogh Live 8K. Com um silêncio tangível, ela foi se encantando com cada espaço e relembrando partes importantes da história de Van Gogh que tanto se debruçou na vida acadêmica.
No entanto, antes de chegarmos no momento da sua formação, Mariana revelou que sua relação com as obras de Van Gogh começou ainda criança, por volta dos seus 9 anos, quando a mãe adquiriu uma réplica do quadro “Os girassóis”? e fez com que Mariana conectasse a ideia de lar e aconchego a obra do holandês, fazendo com que o senso de arte fosse despertado quando nem ela mesma entendia o que era esse conceito.
Desde então, a arte de Van Gogh sempre foi carregada na memória da museóloga. Assim, a pequena Mariana cresceu e resolveu cursar museologia, tendo a obra final da sua carreira acadêmica, o Trabalho de Conclusão de Curso, utilizado parte da obra de Van Gogh para ser analisada, criando um laço ainda mais forte com o artista. “Até então, eu insistia em querer produzir meu TCC sobre moda e demorei dois anos para tentar concluir. Foi então que desisti do tema e resolvi fazer sobre a arte, passando por análises das obras de Van Gogh”, explicou.
Sobre o que mais a impressiona, ela revela que as cores e a forma de retratar as pessoas simples são os fatores que mais a encantam. E retratar pessoas simples tem um porquê. De acordo com estudos sobre a vida e a obra de Van Gogh, ele retratava pessoas simples, como camponeses e prostitutas, porque ele acreditava que era por meio dessa retratação que era avocado a base espiritual da existência humana. E essas obras puderam ser contempladas por Mariana, trazendo à tona sentimentos guardados por aquela jovem de 9 anos que olhava para o quadro “Os girassóis”.
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