Por Thays Martins
Do RioMar Recife
Após o show emblemático das Sambadeiras no dia 1 de março, no último sábado foi a vez de Joyce Alane ? subir ao palco do RioMar Entre Elas, projeto autoral do RioMar Recife, e realizar um show memorável. A artista, que tem como sua terra natal o distrito de Bonança, em Moreno, trouxe para o RioMar Recife toda sua autenticidade e talento, embalando o público do começo ao fim.
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O show gratuito, promovido pelo RioMar Recife, contou com seus grandes sucessos como “Leão” e “Idiota Raiz”, canção gravada em parceria com o pernambucano João Gomes. Além disso, Joyce trouxe em seu repertório grandes clássicos nacionais como “Maria, maria”, eternizada por Milton Nascimento, como também cantou um pouco de samba com “Eu e você sempre”, de Jorge Aragão.
No entanto, a artista foi além dos sucessos nacionais e fez o público cantar e ser embalado por músicas clássicas pernambucanas como o brega romântico da banda Kitara “Porque dizem que sou louca” e “Um sonho” de Nação Zumbi. Após cantar as músicas de sua terra, Joyce reforçou: “tenho muito orgulho de ser nordestina, de ser mulher”.
Quem estava pelo RioMar curtindo o show foi a bibliotecária Doralice Rodrigues, de 61 anos, e o servidor público Mário Assis, de 59 anos. Eles estão casados há 24 anos e Doralice explicou que conheceu Joyce Alane em um show de Tiago Iorc e soube do show da artista através de um cartaz no mall do RioMar Recife.
Ao final do show, Joyce Alane realizou uma sessão de fotos com os fãs e a primeira da fila era a pedagoga Juliana Reis. Ela acompanha a artista desde a época em que ela fazia cover e interagia com o público através das caixinhas. Desde então, Juliana sempre vai aos shows da artista em Pernambuco.
“Ela me ajudou muito em alguns momentos porque a gente tem uma dificuldade em se reconhecer enquanto mulher negra. As mulheres negras conseguem pouco espaço e Joyce é uma mulher negra que vem com essa potência de voz dizendo para gente que temos que nos olhar e nos valorizar e que a nossa potência existe e só precisamos de espaço”, contou a pedagoga.
O segundo da fila para fazer um registro com a artista era Wellington Alves. Ele reforçou que a autenticidade de Joyce é o que chama mais atenção para ele. “Ela é uma artista autoral, que canta divinamente bem, descreve desilusões amorosas e sabe tocar o coração das pessoas.”
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