Poesia, arte e música marcam o Festival RioMar de Literatura
Foto: Arnaldo Carvalho/Especial para o RioMar Recife

Poesia, arte e música marcam o Festival RioMar de Literatura

Por Deoclécio Tadeu 
Do RioMar Recife

Música, teatro e muita poesia deram o tom certo ao Festival RioMar de Literatura. O evento chegou a sua 8ª edição com um dia inteiro de atrações que se estenderam desde às 10h com atividades para o público infantil passando pela tarde com bate-papo poético – desta vez para os adolescente – e fechando com uma homenagem especial ao escritor e dramaturgo Luiz Marinho.

Quem deu início à programação foi o grupo Tapete Voador trazendo um lindo espetáculo chamado “Cantaventos de Alegria” para animar o público mirim no Teatro RioMar. As arte-educadoras Mila Puntel e Bruna Peixoto trouxeram histórias contadas e cantadas para os alunos de escolas públicas e particulares que estavam presentes na plateia.

A pequena Luiza Dias, de 8 anos, era uma das alunas presentes no evento. Ela foi junto com sua turminha do Colégio Dourado mas a mãe, Edelma Dias, fez questão de acompanhar esse momento especial: “minha filha estava muito empolgada para vir no Festival de Literatura do RioMar. Foi o primeiro passeio que ela fez com a turminha da escola desde quando a pandemia começou”.

Já no período da tarde, Clarice Freire e Pedro Gabriel encantaram os adolescentes com suas poesias e histórias. Em um bate-papo bem descontraído, contaram suas trajetórias expondo os medos iniciais de compartilhar seus textos e trouxeram dicas e esclarecimentos para quem deseja caminhar pelo universo da literatura.

“Nasci em Chade, um país mais ao Norte da África. Minha língua materna é o francês, no entanto, aos poucos aprendi a língua portuguesa e posso dizer que é hoje não apenas o idioma que me comunico, vai além, é minha ferramenta de trabalho. Comecei meus rabiscos mesclados com os desenhos em uma cafeteria clássica do Rio de Janeiro, e penso que é muito válido sempre relembrar o início da jornada, afinal, nossa origem é o que vai montar – mesmo que aos poucos – nossa originalidade”, contou Pedro.

“Sempre estive conectada com a literatura. Desde a infância via meu pai – que é compositor e poeta – criando poesias e músicas com os amigos. Já naquele tempo eu queria, mesmo que de brincadeira, fazer meus textos. Foi um processo longo até eu começar a compartilhar minha arte, mas quando enfim, o público pôde ver minhas poesias, tudo deu muito certo. A poesia fala baixinho, mas quando fala, grita mais alto que todo mundo”, finalizou Clarice.

Quem estava muito empolgado com o bate-papo poético foi Pedro Augosto. Ele é aluno do IJCPM e contou para a gente o que estava achando do evento. “É um evento de extrema importância. A literatura é uma das ferramentas principais do universo escolar, precisamos de contato com a leitura para escrevermos melhor e adquirirmos mais conhecimento. Estou gostando muito”.

O segundo momento no período da tarde foi comandado por Thalita Rebouças, autora de obras que são verdadeiros fenômenos literários entre os jovens. “Vejo os adolescentes como pessoas sérias, talvez seja essa forma de vê-los que gera essa comunicação fluida. É muito gratificante poder ver meu trabalho sendo compartilhado e amado por esse público”, afirmou a escritora.

Outra pessoa que amou estar presente foi Marília de Farias de 15 anos.”Ainda estou iniciando nas leituras, aos poucos tenho me interessado por alguns livros. Sobre o evento, a parte que mais gostei foi a de Thalita, eu ainda não a conhecia, mas de cara já amei”, contou a jovem.

Ao cair da noite, outro momento sublime se ergueu no palco do Teatro RioMar. É que chegou a hora de prestar homenagens ao escritor e dramaturgo Luiz Marinho. Carmen Peixoto, iniciou a cerimônia contando um pouco da história do artista e apontou suas principais obras, como, por exemplo, “Um Sábado em Trinta” e “Viva o Cordão Encarnado”.

Quem subiu ao palco para receber as homenagens foi a filha do escritor, Catarina Marinho. No ato, quem estava presente foi o vice-presidente da Academia Pernambucana de Letras José Mário Rodrigues e a escritora e acadêmica Margarida Cantarelli. “Queria agradecer ao RioMar Recife por esse momento. É muito importante que não esqueçamos dos grandes nome da literatura e eventos como esse colaboram de forma grandiosa com o universo literário”, pontuou José Mário.

Em seguida, a Dispersos Cia de Teatro subiu ao palco encenando a peça “A Estrada” que remonta as várias faces da dramaturgia de Luiz Marinho com traços de comédia, religiosidade, musicalidade, romance e crítica social.

E para coroar a noite, Nando Cordel deu um verdadeiro show. O artista encantou a plateia com os hits clássicos “Espumas ao Vento”, “Casinha Branca” e “De Volta pro Meu Aconchego”. Além das músicas, Nando fez todo mundo cair na risada com causos pitorescos de sua carreira. Entre canções e histórias, o compositor mandou “Estamos neste mundo de passagem aprendendo amar e a música tem um papel fundamental nessa missão”. Foi lindo demais!

Amanda Carvalho, estava presente para curtir o momento e falou um pouco com nossa equipe. Já conhecia Nando pela sua repercussão na mídia, mas foi a primeira vez que tive a oportunidade assistir presencialmente. O show foi lindo demais! Sorri, cantei e agora no final até me emocionei. Tudo estava incrível!.”

E para finalizar, ainda deu tempo de pegar uma fala especial de Sergio Torreão, amigo e destista do cantor. “Falar de Nando é muito fácil, adoro ele tanto como amigo quanto como artista. Ele é de fato uma pessoa ímpar no mundo”.

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