Conhecido por sua atuação nos bastidores de Brasília e da política brasileira, Gerson Camarotti é também especialista na cobertura da Igreja Católica no Brasil e no Vaticano. Escalado para cobrir o conclave que elegeu o Papa Francisco, em 2013, o jornalista conseguiu uma entrevista exclusiva com o argentino meses depois, graças às suas fontes entre o episcopado brasileiro. Cinco anos depois, ele apresenta, em “Para onde vai a igreja?”, a visão de cinco cardeais brasileiros sobre a história e os desafios da Igreja no Brasil, as principais mudanças que vêm sendo implementadas pelo Papa Francisco e seus possíveis impactos no País. O livro será lançado, com sessão de autógrafos, neste sábado (18), na Saraiva MegaStore, a partir das 17h.
Na obra, Camarotti entrevista com exclusividade Dom Cláudio Hummes, Dom Odilo Scherer, Dom Orani Tempesta, Dom Raymundo Damasceno e Dom Sérgio da Rocha. Entre outros assuntos, os cardeais respondem a temas controversos, como a escassez de padres no Brasil e uma possível ordenação de homens casados; a renúncia de Bento XVI; a investigação dos escândalos sexuais que envolveram sacerdotes e bispos; os problemas de corrupção no banco do Vaticano; e as dificuldades da migração cada vez maior de católicos para as igrejas evangélicas. Suas histórias pessoais e desafios do sacerdócio num país continental e diverso como o Brasil também são abordadas nas conversas.
No livro, Camarotti faz um ensaio sobre os cinco anos de atuação do pontífice, o primeiro a escolher o nome Francisco, o primeiro papa latino-americano e também o primeiro jesuíta. Para o autor, o papa iniciou uma revolução na Igreja. “Em poucos meses, o novo papa tirou a Igreja da agenda negativa em que vivia: disputa de poder na Cúria Romana, suspeitas de fraude no Banco do Vaticano, vazamento de documentos secretos e escândalos de pedofilia, entre outros problemas. Com seu estilo simples e pastoral, Francisco conquistou as massas, aumentou a frequência nas igrejas e deu novo vigor aos fiéis”, escreve o autor na apresentação da obra. Camarotti, que cobre o Vaticano e a Igreja Católica no Brasil desde a década de 1990, foi o primeiro jornalista a conseguir uma entrevista exclusiva com o papa.
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