Por Thays Martins
Do RioMar Recife
Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, mais conhecido como apenas Michelangelo, foi um grande gênio artístico de sua época, impactando a história da Arte e cultura até os dias de hoje. Intitulado escultor, mas um exímio e emblemático pintor, o artista permeou pela poesia, arquitetura e até anatomia, que o fizeram uma figura completa e marcante. Agora, próximo de completar 550 anos de seu nascimento, o artista florence vem sendo homenageado através da exposição “Michelangelo: O Mestre da Capela Sistina” que está no RioMar Recife até o dia 30 de setembro.
Exposição ‘Michelangelo: O Mestre da Capela Sistina’ é estendida
Com mais de mil metros quadrados no Piso L3 do mall com 15 salas contendo réplicas de obras, manuscritos, desenhos e esculturas em tamanho real, incluindo um ambiente imersivo dedicado à famosa “Pietà”, escultura que representa a Virgem Maria segurando seu filho Jesus nos braços. Assim, a exposição converge o clássico com a tecnologia por meio de projeções das obras de arte assinadas por Michelangelo na Capela Sistina, em Roma, trazendo suas pinturas e esculturas para pertinho do público que vem prestigiar a exposição no RioMar.
Por falar em Roma, cidade histórica da Itália, o Viva RioMar conversou com uma profissional do turismo italiano e com um pernambucano que mora e atua na Itália para entender sobre a importância das obras de Michelangelo e o impacto no mundo.
Difusão da arte de Michelangelo pela tecnologia
Mais de sete mil quilômetros de distância e inúmeros protocolos separam a exposição de Michelangelo no RioMar Recife da Capela Sistina, situada no Vaticano. Quem visita diariamente os afrescos e esculturas feitas pelo artista é Maria Elena, de 56 anos. Ela é guia licenciada de Roma, cidade onde nasceu e atua como guia há quase 20 anos.
Ao falar sobre os turistas que vão até o Vaticano para conhecer a Basílica de São Pedro e visitar as pinturas e esculturas pensadas e feitas por Michelangelo, a pedido da Igreja, ela conta que as pessoas ficam maravilhadas com as obras.
“Cada pessoa sente emoções diferentes e traz consigo algo a mais que recebe do impacto das figuras e das cores, da história contada por Michelangelo nas paredes da Capela Sistina. Quando entro na Basílica de São Pedro com os turistas para a visita, também fico surpresa ao ver budistas, judeus, hindus e a longa fila, às vezes tão longa que dá a volta na praça de São Pedro. Já vi muita gente emocionada com a escultura da Pietà”, revelou a guia licenciada de Roma.
Ao conversar sobre a exposição que está ocorrendo no Brasil, neste momento no RioMar Recife, Elena falou sobre a importância da propagação das artes com ajuda da tecnologia e como isso aproxima as pessoas que estão fisicamente distantes de Roma ou Florença.
“A importância das obras guardadas na Cidade do Vaticano é universal, abrange o mundo inteiro e todas as diferentes religiões, filosofias e crenças. A ideia de replicar estas obras com a ajuda da tecnologia em partes do mundo distantes do Vaticano ajuda a difundir a beleza e a dar oportunidade a quem não pode vir a Roma para conhecê-las e compreender melhor a história da Igreja Católica. Igreja através da arte”, finalizou.
A conexão entre culturas pela Arte
Vamos agora para Afogados da Ingazeira, município localizado no Alto Sertão do Pajeú, em Pernambuco. Essa é a cidade natal de Mateus Henrique da Cruz. Em sua infância e adolescência, seu contato era estreito com a cultura popular sertaneja e a arte europeia era alcançada apenas pelos livros. Algo distante e frio.
No entanto, o destino de Mateus o levou para a vida sacerdotal e hoje, aos 33 anos, ele é Vigário paroquial da Parrocchia Santa Maria Addolorata, em Roma. Sua ordenação foi ainda mais única, pois ocorreu na Basílica de São Pedro, no Vaticano, presidida pelo Papa Francisco. Hoje, aquele contato distante com a arte renascentista, tornou-se quase que rotina.
“Eu penso que uma exposição como essa do RioMar é uma grande oportunidade para todos aqueles que quiserem se aproximar da riqueza artística do renascimento italiano e principalmente das obras de Michelangelo Buonarroti, pois não podendo, a causa do grande custo das viagens atualmente, muitas pessoas com poucos recursos, sobretudo estudantes terão a chance de aumentar a própria bagagem cultural e intelectual”, pontuou.
Recentemente, Pe. Mateus levou sua família para conhecer o Vaticano, as obras de Michelangelo e um pouco da sua rotina. Em conversa com o Viva RioMar, ele falou sobre seus primeiros contatos com a arte e como foi sua aproximação com novas culturas. Confira!
Como é sua relação com a arte? Você já gostava de apreciar as manifestações artísticas quando morava no Sertão pernambucano?
Desde pequeno sempre apreciei muito o estudo de história na escola, e nesse sentido a própria história da arte e da cultura dos povos. A arte sempre esteve presente na manifestação da identidade humana, cultura, étnica e também religiosa. No sertão a arte sempre se fez presente na cultura popular, tanto no canto como na arte dos artesãos populares. Dessa forma, a vivência e admiração pela arte sempre esteve presente na minha vida.
Queria que você explicasse como foi mudar de Afogados da Ingazeira para viver em Roma, um lugar com tanto simbolismo, inclusive, com as artes de Michelangelo?
Devo admitir que a mudança foi muito impactante, pois para um jovem que não tinha contato com a arte europeia, a não ser pelos livros, se deparar com obras e construções que fazem parte do desenvolvimento da cultura ocidental foi bem desafiador. Ver obras do próprio Michelangelo de perto foi bem emocionante.
Ver como esse gênio do renascimento tinha um dom especial para todo tipo de arte, seja na pintura como também na escultura e na arquitetura. Foi bem impressionante ver pessoalmente, principalmente, a grande obra do Juízo universal da Capela Sistina e na construção da cúpula da Basílica de São Pedro, além dos traços refinados da Pietà, que é a única obra existente que leva a assinatura de Michelangelo.
Recentemente, você trouxe sua família pela primeira vez para Roma e Florença, terra natal de Michelangelo. Como foi a experiência?
A experiência foi espetacular, pois não são todas as pessoas que têm a oportunidade de ver e apreciar de perto toda essa grandiosa obra, visitar não somente a Cidade de Roma, como também a cidade natal de Michelangelo, nos proporcionou uma experiência imersiva de como viveu, cresceu e trabalhou esse gênio do renascimento.
Viva a experiência imersiva da exposição “Michelangelo: O Mestre da Capela Sistina”
“Michelangelo: O Mestre da Capela Sistina” , é a maior exposição imersiva já realizada no Brasil sobre a Capela Sistina, foi prorrogada no RioMar Recife até 30 de setembro. A exposição está localizada no Piso L3, próxima a Praça Pet, conta com ingressos a partir de R$ 30 (meia-entrada), que podem ser adquiridos no App RioMar Recife na aba de ‘Eventos’.
Você pode apreciar a reprodução gigante da Capela Sistina, com estrutura criada exclusivamente para o evento. Há uma sala dedicada à imersão com projeção e conta com recursos de alta tecnologia de animação e sonorização, promovendo um mergulho dos visitantes nas obras de Michelangelo. Detalhes sobre cada grupo de afrescos criados pelo pintor renascentista italiano também compõem a experiência.
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“Michelangelo: O Mestre da Capela Sistina” é uma realização do Ministério da Cultura, Boldly Go, Deeplab Project e Festa Cheia, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Com correalização do MIS Experience e do Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Economia e Indústria Criativas, a mostra tem patrocínio master do Itaú, patrocínio ouro da Fiat, Brasilcap, RioMar Recife, Uninassau, patrocínio prata das empresas Baterias Moura e Grupo Parvi. A exposição possui apoio do Consulado da Itália e do UOL. Os direitos de imagem são da SEE Entertainment e da Bridgeman Images.
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