Numa taberna qualquer, à beira de uma estrada, em plena Inglaterra medieval, uma mulher experiente, bem-humorada e de franqueza desconcertante conta a história de sua vida: seus cinco maridos e a vida sexual, suas paixões, seus rancores e vinganças, seu profundo conhecimento dos homens e da alma humana. Sem poupar a ninguém, nem a si própria, fala das coisas como são, de forma irreverente e direta. Esse é o enredo do espetáculo A Mulher de Bath, com a atriz Maitê Proença, que terá única sessão no Teatro RioMar, neste domingo (4). Ingressos a partir de R$ 50.
Inédito nos palcos brasileiros, o texto conta com tradução de José Francisco Botelho, que buscou inspiração na poesia popular brasileira – do repente nordestino à trova gaúcha – para reviver a exaltação e a grandeza da idade média, em versos inspirados no cancioneiro popular e na poesia oral do interior do Brasil. A montagem tem como marca a contemporaneidade do pensamento teatral de Amir Haddad, aproximando o público dos atores de forma direta e sem mistérios. Tudo está à mostra: a preparação da cena, o jogo de luz, a operação do som.
A proposta é perseguir a simplicidade e dialogar com todo tipo de público. A trilha da peça é operada em cena pelo ator e músico Alessandro Persan, que interage com a atriz e também participa, junto com ela, da movimentação dos objetos e das mudanças de ambientação. Os elementos da cena são rearrumados pelos atores para criar ambientes típicos da época: tabernas, alcovas, igrejas.
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