Lavar as mãos é tão importante para a saúde que tem até uma data dedicada a isso: o Dia Mundial de Lavar as Mãos, lembrado no dia 15 de outubro. Lavar as mãos é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos principais instrumentos contra epidemias. Dados mostram que o hábito pode reduzir em até 40% a contaminação por vírus e bactérias. Com a pandemia da covid-19, o ato passou a ser ainda mais reforçado. Além disso, o uso constante do álcool em gel agora já faz parte da rotina de todos.
Mas, além de ressecar muito suas mãos, você pode desenvolver uma dermatite de contato ao detergente, sabão e água sanitária. Como deixar de higienizar as mãos está fora de cogitação, conversamos com a dermatologista Sarita Martins, que deu dicas bem importantes para amenizar o ressecamento.
“Existem dois tipos de dermatite de contato: a irritativa e a alérgica . A irritativa é quando a pele entra em contato com substâncias ácidas ou alcalinas presente nos produtos de limpeza. Já a alérgica surge após repetidas exposições a essas substâncias. Nessa época de pandemia, o diagnóstico se torna até mais fácil”, explica.
De acordo com a médica, se, de repente, suas mãos aparecerem vermelhas, secas e coçando, você pode ter desenvolvido uma dermatite de contato. A primeira coisa a fazer é providenciar uma luva. Mas importante: olhe a mão ao retirar essa luva. Ela não pode sair molhada.
Outra dica é tirar alianças e anéis, pois juntam sabão e também funcionam como mais uma fonte de contágio. “Mas, se sua mão só está seca e áspera , no final do dia e antes de dormir lambuze-a bastante com um creme emoliente ou hidratante, preferencialmente para as mãos. Se não tiver em casa , é melhor usar qualquer hidratante do que nenhum. Com isso, durante a noite, a sua barreira cutânea vai sendo recuperada para enfrentar mais um novo dia de trabalho”, destaca Sarita.
E as unhas?
Assim como as mãos, as unhas sofrem muito com o excesso de água, sabão, detergente, água sanitária e álcool. Além do excesso de umidade ser uma porta aberta para aparecimento de fungos, elas também se tornam mais frágeis e quebradiças. “Tente deixá-las bem aparadas e não retire as cutículas nesse período, já que servem de proteção. O uso de uma luva é fundamental para atenuar o dano. Uma dica: à noite, passe algum emoliente. Quando essa quarentena passar, se as unhas apresentarem alguma alteração ou não voltarem ao normal, vale a pena uma consulta a um dermatologista”, afirma.
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