Reynaldo Gianecchini e Ricardo Tozzi em Os Guardas do TAJ
Foto: divulgação

Reynaldo Gianecchini e Ricardo Tozzi em Os Guardas do TAJ

À primeira luz da manhã, um novo edifício representando o poder crescente do império será revelado: o glorioso Taj Mahal. Mas para estes dois guardas, amigos de longa data e designados a proteger o palácio, a manhã vem trazer uma crise existencial que abalará sua fé no Império e nos outros humanos.

“Os Guardas do Taj” retrata dois homens comuns que se deparam com a beleza imensurável do Taj e ao mesmo tempo são varridos pela carnificina e pela injustiça que cerca uma das maravilhas mais famosas do mundo. O ano é de 1648 e os dois guardas imperiais estão em pé e de costas para o ainda não revelado Taj Mahal. Um deles, Babur (Ricardo Tozzi), está cheio de curiosidade inextinguível; o outro, Humayun (Reynaldo Gianecchini), é pura ortodoxia obediente. Amigos desde a infância acabam se confrontando diante das regras estabelecidas e da maneira que cada um deles vê a sociedade e suas vidas. A peça chega ao Teatro RioMar para sessões dias 23 e 24 de março.

Além de estarem proibidos de olhar para o edifício, os dois amigos acabam sendo escalados para participarem da famosa história arbitrária que o imperador ordenou que executassem. O texto do americano Rajiv Joseph levanta questões potentes sobre o humano, o preço pago ao longo da história para realizar os caprichos dos poderosos, mesmo quando resultam em maravilhas arquitetônicas que, em última análise, serviriam para dar prazer às massas. Esta é uma das muitas lendas que cercam o Taj, mas que o autor usa de maneira brilhante para explorar, de forma inteligente e sem ser esmagadoramente dramática, uma série de ideias filosóficas. Uma delas é se há limites à busca humana pelo conhecimento, o que rege as relações de amizade e as proibições absurdas que muitas vezes nos são impostas.

Com direção de Rafael Primot e João Fonseca, os temas centrais do espetáculo sobre dois guardas imperiais proibidos de olhar para o esplendor do Taj Mahal em sua inauguração são a curiosidade humana, o capricho dos poderosos e a amizade entre dois homens. Além disso, quando os guardas são ordenados a realizar uma tarefa impensável, as consequências os obrigam a questionar os conceitos como amizade, beleza e dever, e os muda para sempre de maneira única e poética.

Com produção de Selma Morente e Célia Forte, através da Morente Forte Produções Teatrais, “Os Guardas do Taj” é um espetáculo sobre a amizade, os valores e as escolhas que fazemos. Vale a pena simplesmente fazer as coisas sem questionar? Obedecer à ordem estabelecida sem pensar? Será que há um caminho melhor para seguirmos? Esses dois amigos, tão diferentes entre si, acabam descobrindo o que realmente importa na vida e vivem as consequências de suas escolhas.

Ingressos

Plateia Baixa: R$ 140 (inteira) e R$ 70 (meia)
Plateia Alta: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)
Balcão Nobre: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)

À venda na bilheteria do teatro e no site.

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