Impressionante pode traduzir. Estonteante também. Quem sabe, magnífico? A apresentação da obra Carmina Burana, do alemão Carl Orff (1895-1982), interpretada e montada de forma inédita pelo Coro de Solistas da Academia de Ópera e Repertório, Coro Juvenil da Ópera de Papel e pela Sinfonieta UFPE, sob a direção artística e regência do maestro Wendell Kettle, ‘acendeu’ o Teatro RioMar, nessa noite de domingo (16). O evento fez parte do Natal Musical do RioMar Recife, que segue até o dia 24 deste mês.
Já desde o primeiro ato, a execução deu o tom do que seria o concerto. A sincronia perfeita entre os instrumentos de cordas, de sopro, junto com o retumbar dos pratos e do tambor sinfônico formaram um som imperioso e harmônico. Um convite à contemplação. As vozes do coro arrebataram de vez a respiração da plateia que assistia a tudo de olhos vidrados no palco do teatro.
O maestro Wendell Kettle quando questionado sobre a complexidade de gerir tamanha orquestra afirmou: “São 64 músicos, 43 vozes no coro e 27 crianças. Ensaiamos cada parte em separado até irmos encaixando cada uma delas para formar o resultado do que foi apresentado aqui, hoje”, disse com orgulho o maestro.
O esforço e o trabalho valeram a pena. Um exemplo do que uma obra dessa magnitude causa no público pode ser traduzido pelo depoimento de Heloísa Marques, de 70 anos. “Maravilhoso! Eu amo Carmina Burana, e em casa possuo cinco gravações diferentes da cantata. Pela primeira vez pude assistir ao vivo e o efeito dessa noite vai ficar na minha memória para sempre”, afirmou Heloísa.
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