*Por Houldine Nascimento
O anti-herói mais querido dos quadrinhos está de volta! Deadpool 2 chegou aos cinemas esta semana e faz jus à grande expectativa que o cerca. Uma nova jornada com muita ação e humor ácido, como de praxe, conduz a narrativa. Desta vez, a tristeza abate Wade Wilson/Deadpool (Ryan Reynolds) e uma motivação que ele encontra para sair da fossa é proteger um adolescente com habilidades sobrenaturais chamado Russell (Julian Dennison), cujo poder é lançar chamas do próprio punho.
Inconformado com os maus tratos que sofre no orfanato para mutantes renegados, o garoto busca vingança contra o diretor da instituição e fica fora de controle. Por alguma razão, Russell passa a ser caçado pelo sisudo Cable (Josh Brolin), um criatura poderosa vinda do futuro e determinada a eliminar o jovem. Para impedir que isso ocorra, Deadpool decide montar uma equipe, a que intitula “X-Force”, numa paródia aos X-Men. Desse esquadrão, a figura mais luminosa é Domino (Zazie Beetz), uma moça que alega ter a sorte como seu superpoder, mas vai além.
Os caminhos diversos que a produção toma realçam a ambiguidade dos personagens. Um potencial vilão em dado momento não é exatamente o que aparenta. Em suma, não há mocinho e bandido numa trama mais madura que a do filme anterior, embora siga apostando no humor excessivo em cima de várias referências.
O orçamento praticamente dobrou em relação ao primeiro Deadpool – passou de 58 milhões para 110 mi de dólares –. A direção também mudou de mãos e agora é assinada por David Leitch (“Atômica” e “John Wick”). Essas mudanças, contudo, não fizeram a franquia perder a essência. Muito disso se deve aos esforços de Ryan Reynolds, que abraçou como nunca esse projeto. Além de ser o grande astro e um dos produtores, ele também é co-roteirista.
No elenco, há algumas presenças importantes, como a da brasileira Morena Baccarin interpretando novamente Vanessa, a companheira de Deadpool, além de algumas aparições surpreendentes e pontas divertidíssimas. A trilha sonora, por sua vez, apela ironicamente para Céline Dion e é mais um acerto. Proibido no Brasil para menores de 18 anos, o desafio de Deadpool 2 é superar a bilheteria do antecessor. Pela empolgação do público nas sessões do filme, não será uma tarefa difícil.
*Houldine Nascimento é jornalista e colunista da Revista Algomais.
Deixe seu comentário
Você deve estar conectado para postar comentário.