7 dicas de livros para levantar a cabeça e seguir em frente
Fotos: Acervo/RioMar

7 dicas de livros para levantar a cabeça e seguir em frente

“As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade”. A afirmação do poeta e dramaturgo francês Victor Hugo (1802-1885) reconhece o poder que o discurso desempenha assim como a energia transformadora que pode existir nos textos. Já nos dias atuais, vários escritores têm lançado obras, que se iniciam nas redes sociais e depois se transformam em livros, como uma forma de inspirar os seus leitores, através de uma linguagem simples, no entanto, repleta de construções incisivas e de boa vontade. Entre eles, João Doederlein (@akapoeta), Rupi Raikur (@rupikaur_), Iain S. Thomas, Amanda Locelace, Ryana Leão e Igor Pires da Silva que dispõem de obras nas livrarias Cultura e Saraiva, no RioMar Recife.

» João Doederlein (@akapoeta) – O Livro dos Ressignificados

Antes aprisionadas na formalidade dos dicionários, palavras como “girassol”, “Deus”, “sonho”, “tatuagem”, “cafuné” e muitas outras são libertadas por João Doederlein — que assina com o pseudônimo @akapoeta — neste seu primeiro livro. Combinando textos que se tornaram sucesso nas redes sociais com material inédito, o autor acha novos significados para os signos do zodíaco, para clichês indispensáveis como “paixão” e “saudade” e para as atualíssimas “match” e “crush”.

» Rupi Raikur, Outros Jeitos de Usar a Boca e O Que O Sol Faz Com As Flores

Dois livros se destacam e merecem ser lidos. O primeiro, Outros Jeitos de Usar a Boca, é um livro de poemas sobre a sobrevivência, a experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade. O volume é dividido em quatro partes, e cada uma delas serve a um propósito diferente. Publicado inicialmente de forma independente por Rupi Kaur, poeta, artista plástica e performer canadense nascida na Índia e que também assina as ilustrações presentes neste volume , o livro se tornou o maior fenômeno do gênero nos últimos anos nos Estados Unidos, com mais de 1 milhão de exemplares vendidos.

O outro exemplar, O Que O Sol Faz Com As Flores, é uma coletânea de poemas arrebatadores sobre crescimento e cura. Organizado em cinco capítulos e ilustrado por Rupi Kaur, o livro percorre uma extraordinária jornada dividida em murchar, cair, enraizar, crescer, florescer.

» Iain S. Thomas, Escrevi Isso Pra Você

O livro é uma coletânea de poemas contemporâneos sobre os diversos momentos do amor: a paixão e o encantamento dos primeiros tempos, o lento afastamento, a solidão a dois, a dor do fim e a esperança de novos começos. Reunindo cerca de 200 textos divididos em quatro partes – Sol, Lua, Estrelas, Chuva -o poeta sul-africano Iain S. Thomas combina palavras profundas e intensas com fotografias frias e impessoais.

Conhecido nas redes sociais pelo pseudônimo pleasefindthis, o autor começou sua trajetória na internet, publicando poemas e fotos em seu blog pessoal.

» Amanda Lovelace, A Bruxa Não Vai Para A Fogueira Neste Livro

Ao lado de Rupi Kaur, Amanda é hoje um dos grandes nomes da nova poesia que surgiu nas redes sociais. Com uma linguagem direta e abordando temas contemporâneos, a obra ganhou as ruas.

Resgatando a imagem ancestral da figura feminina naturalmente poderosa, independente e, agora, indestrutível, Amanda Lovelace aprofunda a combinação de contundência e lirismo. A autora conclama a união das mulheres contra as mais variadas formas de violência e opressão.

» Ryana Leão, Tudo Nela Brilha E Queima: Poemas De Luta E Amor

Estreia em livro de Ryane Leão, mulher negra, poeta e professora, criadora do projeto ‘onde jazz meu coração’, com mais de 150 mil seguidores nas redes. Nas palavras da escritora:

“A poesia é minha chance de ser eu mesma diante de um mundo que tanto me silencia. É minha vez de ser crua. Minha arma de combate. Nossa voz ecoada. Nossa dor transformada. Nela eu falo sobre amor, desapego, rotina, as cidades que nos atravessam, os socos no estômago que a vida dá, o coração desenfreado, a pulsação que guia as estradas, os recomeços, os dias, as noites, as madrugadas, os fins, os jeitos que a gente dá, as transições, os discos, os tropeços, as partidas, as contrapartidas, os pés firmes que insistem em voar, e tudo isso que é maluco e lindo e nos faz ser quem somos.”

» Igor Pires da Silva, Textos Cruéis Demais Para Serem Lidos Rapidamente

Indo contra a tendência dos textos curtos e superficiais que são postados nas redes sociais, o coletivo literário Textos Cruéis Demais Para Serem Lidos Rapidamente (TCD) passou a produzir e compartilhar um conteúdo extenso, profundo e extremamente poético em suas páginas no Facebook e no Instagram. Para este livro, foram produzidos textos inéditos que ganharam a companhia das sensíveis ilustrações de Anália Moraes.

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